O artigo discute o estatuto da documentação do efêmero na arte contemporânea, e em particular na intervenção urbana, considerando mais do que o caráter indicial da imagem documental, mas seu valor como ícone. Trabalhos artísticos efêmeros realizados na ausência de um público – devido a seu caráter clandestino ou à sua localização – têm sua visibilidade mediada pelas imagens técnicas, diluindo, portanto, as fronteiras entre obra e documentação. A imagem, operando como presença de uma ausência, atua no elo entre uma experiência perdida e o público, uma economia que culmina em ganhos e perdas.
Artigo publicado na Porto Arte, vol. 24, nº 41, jul-dez-2019
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