O artigo discute o estatuto da documentação do efêmero na arte contemporânea, e em particular na intervenção urbana, considerando mais do que o caráter indicial da imagem documental, mas seu valor como ícone. Trabalhos artísticos efêmeros realizados na ausência de um público – devido a seu caráter clandestino ou à sua localização – têm sua visibilidade mediada pelas imagens técnicas, diluindo, portanto, as fronteiras entre obra e documentação. A imagem, operando como presença de uma ausência, atua no elo entre uma experiência perdida e o público, uma economia que culmina em ganhos e perdas.
Artigo publicado na Porto Arte, vol. 24, nº 41, jul-dez-2019
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Publicado por Thiago Fernandes
Historiador da arte, mestre em Artes Visuais pela UFRJ, onde também realiza seu doutorado, crítico, curador, professor e designer gráfico. É colaborador do núcleo de curadoria e pesquisa do Museu de Arte do Rio, autor do livro "A presença da imagem" (editora Paisagens Híbridas, 2022) e possui textos publicados em diferentes revistas culturais, como seLecT, Dasartes e Caju, além do seu blog pessoal Nuvem - Arte e crítica. Pesquisa interseções entre arte, cidade e espaços expositivos; experimentalidades na arte brasileira das décadas de 1990 e 2000; mídias táticas e a incorporação de espaços domésticos na arte contemporânea.
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