Notas sobre Christo e Jeanne-Claude

Faleceu no dia 31 de maio de 2020 o artista búlgaro Christo (1935-2020), um dos nomes mais representativos da expansão da arte para além das galerias e sua fusão com a paisagem e com a arquitetura – aquilo que a crítica Rosalind Krauss chama de “campo ampliado”. Christo e sua parceira Jeanne-Claude (falecida em 2009) contribuíram para o alargamento dos limites da arte e a incorporação … Continuar lendo Notas sobre Christo e Jeanne-Claude

A Moreninha: na contramão da “Geração 80”

Na década de 1980, o circuito artístico brasileiro passava por transformações com a abertura política, a ascensão do mercado de arte e a proliferação de galerias comerciais. Desde o final da década anterior, críticos já identificavam uma “redescoberta” da pintura, como Frederico Morais, ao escrever sobre o 11º Panorama da Arte Brasileira do Museu de Arte Moderna de São Paulo, em 1979. Exposições como Entre … Continuar lendo A Moreninha: na contramão da “Geração 80”

Imagem, saturação, superexposição: sobre Aleta Valente e Marcela Cantuaria

Um dos fatores que tornam a arte um campo inesgotável é sua inevitável contaminação pelas novas tecnologias e pelos problemas por elas introduzidos. Há séculos atrás, surgimento da pintura à óleo, com sua capacidade mimética sem precedentes, tornou a imagem um meio de ostentação de poder e de bens materiais de seus proprietários. Mais tarde, a chegada dos tubos de tinta industriais trouxe novas possibilidades … Continuar lendo Imagem, saturação, superexposição: sobre Aleta Valente e Marcela Cantuaria

Só Love – Carlos Contente

A diluição de fronteiras entre arte e cotidiano é uma das principais marcas do trabalho de Carlos Contente. Esse processo se dá de duas maneiras: quando o artista replica sobre os muros da cidade seus trabalhos, por meio de carimbos e estênceis (prática que realiza desde 2002), ou quando Contente, fazendo o caminho inverso, leva a cultura visual das ruas e das mídias de massa … Continuar lendo Só Love – Carlos Contente