A tentativa de interdição, por grupos cristãos, a uma intervenção urbana do artista Alexandre Vogler, bem como a perseguição pela polícia e por civis a trabalhos artísticos de Guga Ferraz, levanta discussões sobre a destruição de imagens e a potência a elas atribuída pelo olhar de quem as nega e as destrói. A partir de teóricos como Jacques Rancière, W. J. T. Michell, Marie-José Mondzain e Hans Belting, entende-se que o ato de negar uma imagem pode ser um ato de afirmação de seu poder, bem como uma tentativa de interromper a busca icônica do outro e tomar para si a exclusividade e benefícios da imagem.
Artigo publicado na revista Poiésis, v. 20, n. 33, 2019
Historiador da arte, mestre em Artes Visuais pela UFRJ, onde também realiza seu doutorado, crítico, curador, professor e designer gráfico. É colaborador do núcleo de curadoria e pesquisa do Museu de Arte do Rio, autor do livro "A presença da imagem" (editora Paisagens Híbridas, 2022) e possui textos publicados em diferentes revistas culturais, como seLecT, Dasartes e Caju, além do seu blog pessoal Nuvem - Arte e crítica. Pesquisa interseções entre arte, cidade e espaços expositivos; experimentalidades na arte brasileira das décadas de 1990 e 2000; mídias táticas e a incorporação de espaços domésticos na arte contemporânea.
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