A presença de Alphonse Mucha

Alphonse Mucha é, sem dúvida, um dos artistas modernos mais citados e indiretamente referenciados, embora talvez ainda seja pouco conhecido pelo grande público no que diz respeito ao conjunto de sua obra, seu pensamento, sua vida e suas contribuições para o design e a arte moderna, sobretudo no Brasil – vide a ainda escassa bibliografia sobre o artista tcheco em língua portuguesa. Sua influência é … Continuar lendo A presença de Alphonse Mucha

O jeito carioca de habitar

No ano em que tivemos que nos recolher em nossas casas em função de uma pandemia, o Museu de Arte do Rio inaugurou a exposição Casa Carioca, sobre a habitação no Rio de Janeiro e suas complexidades, com curadoria de Marcelo Campos e Joice Berth. A mostra já vinha sendo planejada antes da crise de saúde global e aconteceria paralelamente ao 27° Congresso Mundial de … Continuar lendo O jeito carioca de habitar

Por que destruímos imagens?

Trataremos aqui da violência contra as imagens. Mais especificamente da destruição de monumentos públicos e de possíveis significados desse gesto. Para tanto, é importante pontuar brevemente a relação entre imagem, morte e memória, que remonta às primeiras experiências de produção de visualidades e ainda permanece no cerne da imagem como potência simbólica. No Egito Antigo, quando morria um soberano, havia o costume de sepultar com … Continuar lendo Por que destruímos imagens?

Arte e antifascismo no jornal “O Homem Livre” (1933-1934)

Em 1933, chegavam ao Brasil notícias sobre a ascensão dos fascistas ao poder na Alemanha. Aqui, a Ação Integralista Brasileira (AIB) já se organizava desde o ano anterior, unificando grupos fascistas em diferentes partes do Brasil. Tal conjuntura fez ampliar o movimento antifascista no Brasil, à princípio radicado na capital paulista, e o fez acelerar suas ações, culminando na criação da Frente Única Antifascista (FUA). … Continuar lendo Arte e antifascismo no jornal “O Homem Livre” (1933-1934)

Imagem, saturação, superexposição: sobre Aleta Valente e Marcela Cantuaria

Um dos fatores que tornam a arte um campo inesgotável é sua inevitável contaminação pelas novas tecnologias e pelos problemas por elas introduzidos. Há séculos atrás, surgimento da pintura à óleo, com sua capacidade mimética sem precedentes, tornou a imagem um meio de ostentação de poder e de bens materiais de seus proprietários. Mais tarde, a chegada dos tubos de tinta industriais trouxe novas possibilidades … Continuar lendo Imagem, saturação, superexposição: sobre Aleta Valente e Marcela Cantuaria