O visível e o invisível na imagem que 2020 deixou para a história

Como rastro da história, a fotografia é compreendida por sua capacidade indicial, seu poder de apontar “isso foi”. Inventada pelo mesmo século que inventou a história, como lembra Roland Barthes em seu célebre livro “A câmara clara”, a fotografia desde então passou a substituir os antigos monumentos como testemunho daquilo que existiu, tendo a objetividade…

Sem eira, nem beira

Nascido em Salvador, o artista Mano Penalva vive e trabalha em São Paulo. Tendo a cultura material como um de seus principais interesses de experimentação, Penalva propõe a subversão do valor de objetos do cotidiano, sobretudo aqueles ligados a ambientes domésticos, explorando o potencial poético que pode ser obtido a partir de seus deslocamentos. A…

O jeito carioca de habitar

No ano em que tivemos que nos recolher em nossas casas em função de uma pandemia, o Museu de Arte do Rio inaugurou a exposição Casa Carioca, sobre a habitação no Rio de Janeiro e suas complexidades, com curadoria de Marcelo Campos e Joice Berth. A mostra já vinha sendo planejada antes da crise de…

Clandestinidade e performatividade da imagem no “Cristo Vermelho” de Ducha

Na virada do século XXI, o Rio de Janeiro, assim como outras cidades do Brasil, testemunhou a proliferação de intervenções artísticas efêmeras em seus espaços públicos. A fragilidade do circuito artístico carioca na virada do século XXI fez com que artistas necessitassem criar seus próprios circuitos, atuando em espaços públicos ou criando espaços autônomos de…

Após junho de 2013: coletivos estético-políticos na guerrilha do sensível

Em junho de 2013, uma série de manifestações tomaram as ruas do Brasil. A princípio como movimentos apartidários, sem hierarquia, organizados nas redes sociais, combatendo o aumento dos preços das tarifas de ônibus. Tal cenário já vinha sendo anunciado com a greve dos professores da rede pública de diversos estados em 2011 e com a…