O visível e o invisível na imagem que 2020 deixou para a história

Como rastro da história, a fotografia é compreendida por sua capacidade indicial, seu poder de apontar “isso foi”. Inventada pelo mesmo século que inventou a história, como lembra Roland Barthes em seu célebre livro “A câmara clara”, a fotografia desde então passou a substituir os antigos monumentos como testemunho daquilo que existiu, tendo a objetividade e a autenticidade encaradas como seus principais atributos. Mas o … Continuar lendo O visível e o invisível na imagem que 2020 deixou para a história

O jeito carioca de habitar

No ano em que tivemos que nos recolher em nossas casas em função de uma pandemia, o Museu de Arte do Rio inaugurou a exposição Casa Carioca, sobre a habitação no Rio de Janeiro e suas complexidades, com curadoria de Marcelo Campos e Joice Berth. A mostra já vinha sendo planejada antes da crise de saúde global e aconteceria paralelamente ao 27° Congresso Mundial de … Continuar lendo O jeito carioca de habitar

Clandestinidade e performatividade da imagem no “Cristo Vermelho” de Ducha

Na virada do século XXI, o Rio de Janeiro, assim como outras cidades do Brasil, testemunhou a proliferação de intervenções artísticas efêmeras em seus espaços públicos. A fragilidade do circuito artístico carioca na virada do século XXI fez com que artistas necessitassem criar seus próprios circuitos, atuando em espaços públicos ou criando espaços autônomos de experimentação e exposição. A década de 1990 havia sido marcada … Continuar lendo Clandestinidade e performatividade da imagem no “Cristo Vermelho” de Ducha

Após junho de 2013: coletivos estético-políticos na guerrilha do sensível

Em junho de 2013, uma série de manifestações tomaram as ruas do Brasil. A princípio como movimentos apartidários, sem hierarquia, organizados nas redes sociais, combatendo o aumento dos preços das tarifas de ônibus. Tal cenário já vinha sendo anunciado com a greve dos professores da rede pública de diversos estados em 2011 e com a greve dos bombeiros em 2012. Mas as manifestações de 2013, … Continuar lendo Após junho de 2013: coletivos estético-políticos na guerrilha do sensível

Por que destruímos imagens?

Trataremos aqui da violência contra as imagens. Mais especificamente da destruição de monumentos públicos e de possíveis significados desse gesto. Para tanto, é importante pontuar brevemente a relação entre imagem, morte e memória, que remonta às primeiras experiências de produção de visualidades e ainda permanece no cerne da imagem como potência simbólica. No Egito Antigo, quando morria um soberano, havia o costume de sepultar com … Continuar lendo Por que destruímos imagens?